5 de janeiro de 2012
Sento-me no sofá e enrolo-me no cobertor mais fofo que tenho, já não tenho frio. Olho lá para fora e sem dúvida me faz lembrar o natal, apesar de não haver neve o céu está nublado, está branco, e chove um pouco, nada de mais. Pego no comando e já sei a que canal me vou dirigir. Penso no que vou fazer amanhã, e sorriu, vou-me divertir e esquecer um bocado os meus problemas, vou-me distrair, e abstrair um pouco da minha realidade. Aquela realidade que tu fizeste questão de infernizar, aquela realidade que custa a acreditar que existe, aquela realidade que um dia foi mutua, essa realidade chama-se amar, e eu amo-te, amo-te como nunca amei ninguém. E custa saber que me deixaste assim, num buraco do qual não consigo sair, não passaram só dias, semanas ou meses, já passou mais um ano, e continuo a amar, mas com uma pitada de sofrimento, o sofrimento que tu consegues provocar em mim. Agora aqui fechada em casa é complicado abstrair-me da tal realidade, afinal de contas, em casa é um sitio de sossego, um sitio onde pensamos nas coisas mais inesperadas da vida, é onde vivemos a nossa realidade, é onde damos conta dos nossos sentimentos, é onde há silêncio, é onde choramos.
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