O meu nome é qualquer coisa sem importância. Sou uma figura pequena de passagem pela vida e um ponto minúsculo no Mundo, daqueles que de vez em quando nos incomodam e só queremos arrancá-lo dali. Já não gosto de mim. Bem, na realidade acho que nunca gostei. Tenho distúrbios mentais, daqueles de querer proteger quem mais amo e deixar-me a naufragar. Depois vêm aqueles que me ferram e aí estou em completo afogamento. E eu digo "não te preocupes, foi erro meu". Porque é que a culpa não é minha e eu insisto que seja? Eu gosto de toda a gente, digamos que é um pouco sorreal, porém é verdade. Este é um dos meus problemas psíquicos. Por outro lado, há um deles que aborrece quem me conhece e quem não me conhece: "eu tenho sempre razão". Às vezes gostava de mudar isso. Não dá. É a minha essência e eu quero que seja assim. Mas cá para nós, eu tenho sempre razão. Ou quase sempre. E fico tão frustrada das vezes que realmente não estou certa. Outro deles é que"tu não podes fazer isso, eu posso fazer isso". Se eu sou uma viciada e uma bêbeda, que moral tem uma pessoa como eu de proibir outra de ser igual? É óbvio que também ficava fula se fizessem o mesmo comigo. Já tentei transformar isso, contudo só não quero ver as pessoas de quem mais gosto destruírem-se a elas próprias. Quanto a mim, eu não me importo mesmo. O maior tormento mental que a minha pessoa requer, resumindo tudo isto "eu não aprendo a viver comigo". Vivo todos os dias ou sobrevivo aos dias. Não consigo controlar os meus defeitos e não sei lidar com eles. Eles magoam-me mais do que a qualquer outra pessoa. Agora responde-me sinceramente: Como dizes estes são defeitos meus. Eu afirmo. Tu dizes que eu faço deles monstros, e sinto-me como uma porcaria. Eu tento acreditar em ti. Eu não presto para nada ou devia mesmo começar a dar-me valor?
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